Retinopatia diabética
Retinopatia diabética ocorre quando o diabetes causa lesão na retina, que é uma camada presente no fundo do olho responsável pela visão de cores e detalhes.
Prof. Dr. Rony C. Preti, especialista da USP, explica que o “diabetes mellitus” (DM) é uma síndrome metabólica complexa, que acontece pela deficiência de insulina, afetando o metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas.
Uma das complicações microvasculares mais importantes do DM é a retinopatia diabética (RD).
O acometimento da retina pelo diabetes piora com o aumento da duração da doença. Por isso, após 20 anos de doença, aproximadamente 99% dos portadores de DM tipo 1 e 60% dos tipo 2 tem algum grau de retinopatia diabética.
O que é a retinopatia diabética?
A retinopatia diabética acontece quando os vasos da retina são afetados e por isto, eles passam a deixar que líquido “derrame” para a retina causando o edema.
Outra forma de acometimento é o fechamento dos vasos e assim, a retina deixa de receber sangue para ser nutrida e se manter viva.
A figura abaixo ilustra as lesões encontradas.
Com que frequência devo avaliar se tenho retinopatia diabética?
Todos os pacientes diabéticos necessitam de exame fundo de olho e a freqüência deste vai depender dos achados no exame inicial.
A Academia Americana de Oftalmologia recomenda que pacientes diabéticos tipo 1 devem ser examinados 5 anos após o diagnóstico da doença, pois a retinopatia diabética, raramente, é encontrada antes deste período.
Já os diabéticos tipo 2 devem ser examinados, assim que diagnosticados, porque algum grau de retinopatia pode ser encontrada neste momento.
Quais os tipos de retinopatia diabética?
Na classificação da retinopatia diabética temos a forma não proliferativa e a proliferativa. O edema macular diabético, é quando há vazamento de líquido para a retina e pode estar presente em ambas as formas.
Quais os sintomas causados pela retinopatia diabética?
Dentre os sintomas vamos falar do embaçamento visual. No diabetes, temos 2 tipos de embaçamento visual:
- o transitório; e
- o permanente.
Para melhor entendimento do embaçamento visual transitório, assista o vídeo abaixo:
Ao contrário do embaçamento transitório, o embaçamento visual permanente é aquele que nao melhora com o controle do açucar do sangue. Além do embaçamento visual, o paciente com retinopatia diabética e e edema macular diabético pode ter também:
- alteração da visão de cores;
- mudança da visão do contraste; e
- manchas ou pontos negros no centro da visão.
A fim de entender melhor sobre o embaçamento permanente, assista o vídeo abaixo:
Quando tem-se a forma proliferativa, o paciente pode apresentar a sensação de estar vendo teias de aranha ou já perder a visão subitamente, por um sangramento grave dentro do olho.
Quais os exames usados no diagnóstico da retinopatia diabética?
- Mapeamento de retina.
- Retinografia, abaixo a sua esquerda a retinografia de um paciente com a forma não proliferativa e a sua esquerda com a forma proliferativa, com a presença de vasos anormais novos e sangramento, mancha vermelho escuro;
O OCT é o exame mais utilizado hoje para o diagnóstico e tratamento da retinopatia diabética, principalmente no edema macular diabético. Abaixo um vídeo do exame de OCT diagnosticando o edema macular diabético.
- Ultrasom do olho para aqueles casos com sangramento dentro do olho.
O que é o edema macular diabético?
O que há de novo no diagnóstico e acompanhamento da retinopatia diabética?
Angiografia por tomografia de coerência óptica que dispensa uso de contraste e assim, reduz a chance de efeitos colaterais, como vômitos e alergias
Quais são os tratamentos da retinopatia diabética?
1. Medidas gerais
Tanto o oftalmologista quanto o generalista ou endocrinologista, devem ter em mente que o tratamento da RD visa o tratamento primário e secundário.
No primário o objetivo é o controle da hipertensão arterial sistêmica, colesterol, visto que estudos sugerem que o colesterol alto aumenta o risco de RD, particularmente o edema macular e a pressão arterial não controlada, causa o aparecimento e piora da retinopatia diabética.
Contudo, é o controle da glicemia que tem maior importância no aparecimento e piora da retinopatia diabética.
Hemoglobina glicada A1C
Este exame é feito com a retirada de uma pequena amostra do sangue dos pacientes e sem a necessidade de jejum.
A hemoglobina glicada é o principal exame para avaliar o controle do diabetes.
Ela mostra o controle do diabetes do paciente nos últimos 3 meses, ao contrário da glicemia de jejum ou glicemia capilar que reflete o controle naquele momento.
- Importância da hemoglobina glicada
Os paciente que já foram diagnosticados com diabetes tem que tentar manter o exame de HbA1C menor que 7%, pois assim, estão menos sujeitos ao aparecimento e à piora da retinopatia diabética.
Não esquecer que o controle da pressão alta, colesterol e da glicemia faz com que o paciente apresente um melhor resultado no tratamento do olho!
O que há de novo no tratamento da retinopatia diabética?
Recentemente, tem se observado que os pacientes podem se beneficiar da ingesta de luteína e zeaxantina, pois estes protegem os fotorreceptores de sofrerem dano oxidativo da luz azul, que é a luz visível de alta energia.
Sendo assim, ingerir alimentos ricos nestas substâncias são de muita importância. Dentre os alimentos temos:
- Ovo;
- Couve;
- Espinafre; e
- Pimentão.
Tratamento específico para o olho olho?
Já o tratamento específico do olho consiste em aplicação de laser e medicações intra-vítreas, dentro do olho e o laser.
Os tratamentos tem a finalidade de melhorar a visão ou evitar que a visão piore. Figura abaixo mostra como o medicamento é injetado dentro do olho.
Injeção de medicamentos dentro do olho. (clique no link)
Nos últimos anos, várias medicações tem sido usadas para o tratamento do edema macular diabético.
Com este tipo de tratamento muitos pacientes melhoram a visão. Entre os tipos de medicamentos temos:
- Os anti-inflamatórios denominados corticóides; e os
- Antiangiogênicos, que tem a propriedade de inibir o “Vascular Endothelial Growth Factor” .
Uso do laser na retinopatia diabética.
O tratamento da forma proliferativa é feita com laser (fotocoagulação da retina). Nestes casos, como o paciente esta prestes a ter grande piora grave da visão, o tratamento tem o objetivo de manter a visão do paciente, sendo assim, poucos casos melhoram a visão após o laser.
O intuito da fotocoagulação seria destruir o tecido retiniano perifético, que tem pouca importância para a visão, a fim de que o neovaso regrida. Isto impede o sangramento para dentro do olho e o descolamento de retina.
Abaixo a figura mostra a retina de um paciente com retinopatia diabética proliferativa tratada com laser (marcas enegrecidas).
Vitrectomia posterior
Este tipo de tratamento, tem que ser indicado quando há descolamento de retina ou sangramento dentro do olho do paciente. Com a cirurgia a chance de melhora da visão aumenta muito.
Estudos publicados sobre a retinopatia diabética com participação do Prof. Rony:
Como um dos especialistas que mais tem publicações em retinopatia diabética no Brasil, os estudos abaixo, são em relação ao tratamento, tanto do edema macular diabético, quanto da retinopatia diabética proliferativa.
- Maria Fernanda Abalem, Helen Nazareth Santos Veloso, Rafael Garcia, Xing Dong Chen, Pedro C Carricondo, Leandro Cabral Zacharias, Rony C Preti The Effect of Glycemia on Choroidal Thickness in Different Stages of Diabetic Retinopathy. Ophthalmic Res 2020;63(5):474-482
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Motta AAL, Bonanomi MTBC, Ferraz DA, Rony Carlos Preti, Sophie R, Abalem MF, Queiroz MS, Pimentel SLG, Takahashi WY, Damico FM. Short-term effects of intravitreal bevacizumab in contrast sensitivity of patients with diabetic macular edema and optimizing glycemic control.Diabetes Res Clin Pract. 2019 Mar;149:170-178. doi: 10.1016/j.diabres.2019.02.002.
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Azevedo BMDS, Araujo RB, Ciongoli MR, Hatanaka M, Rony Carlos Preti, Monteiro MLR, Zacharias LC. The effect of panretinal photocoagulation on confocal laser scanning ophthalmoscopy and stereo photographic parameters of optic disk topography in patients with diabetic retinopathy. Arq Bras Oftalmol. 2019 Jul-Aug;82(4):295-301.”
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Rony Carlos Preti, Mutti A, Ferraz DA, Zacharias LC, Nakashima Y, Takahashi WY, Monteiro ML. Clinics (Sao Paulo). The effect of laser pan-retinal photocoagulation with or without intravitreal bevacizumab injections on the OCT-measured macular choroidal thickness of eyes with proliferative diabetic retinopathy. 2017 Feb 1;72(2):81-86. doi: 10.6061/clinics/2017(02)03.
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Ferraz DA, Vasquez LM, Rony Carlos Preti, Motta A, Sophie R, Bittencourt MG, Sepah YJ, Monteiro ML, Nguyen QD, Takahashi WY. A randomized controlled trial of panretinal photocoagulation with and without intravitreal ranibizumab in treatment-naive eyes with non-high-risk proliferative diabetic retinopathy. . Retina. 2015 Feb;35(2):280-7. doi: 10.1097/IAE.0000000000000363.
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Rony Carlos Preti, Vasquez Ramirez LM, Ribeiro Monteiro ML, Pelayes DE, Takahashi WY. Structural and functional assessment of macula in patients with high-risk proliferative diabetic retinopathy submitted to panretinal photocoagulation and associated intravitreal bevacizumab injections: a comparative, randomised, controlled trial.. Ophthalmologica. 2013;230(1):1-8. doi: 10.1159/000348605. Epub 2013 May 14.
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Rony Carlos Preti, Ramirez LM, Monteiro ML, Carra MK, Pelayes DE, Takahashi WY. Contrast sensitivity evaluation in high risk proliferative diabetic retinopathy treated with panretinal photocoagulation associated or not with intravitreal bevacizumab injections: a randomised clinical trial. Br J Ophthalmol. 2013 Jul;97(7):885-9. doi: 10.1136/bjophthalmol-2012-302675. Epub 2013 May 17.
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Rony Carlos Preti, Motta AA, Maia OO Jr, Morita C, Nascimento VP, Monteiro ML, Takahashi WY. Relationship between diabetic retinopathy severity and the timespan between the endocrinopathy diagnosis and the first ophthalmic examination. Arq Bras Oftalmol. 2010 May-Jun;73(3):240-3.
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Rony Carlos Preti, Saraiva F, Junior JA, Takahashi WY, da Silva ME. How much information do medical practitioners and endocrinologists have about diabetic retinopathy?. Clinics (Sao Paulo). 2007 Jun;62(3):273-8.
Dr Rony
Conheci uma senhora com retinopatia diabética, ela informou sobre o sangramento nos olhos, e a perda da visão em um dos olhos, e outro de forma parcial. Estou muito triste por ela, o médico SUS, falou de uma injeção no olho que poderia ajudar no tratamento, e que seria necessário aplicar 4 injeções, mas o valor é 4000,00 reais cada. Dr. esse tratamento realmente pode ajudar?
Existe alguma associação ou ONG que poderia ajuda- lá a fazer o tratamento? Ela mora em Brasília.
Olá Néia, tudo bem?
Nos casos de sangramento dentro do olho causado pelo diabetes, o que chamamos de hemorragia vítrea, esta acontece quando o paciente tem retinopatia diabética proliferativa. Chegamos a publicar um estudo em que fizemos aplicações de injeções na expectativa de melhora, evitando assim, a indicação de vitrectomia posterior, que basicamente consiste em entrar dentro do olho e retirar o sangramento. O fato que observamos no estudo e que venho observando na minha prática diária, é que as injeções melhoram somente os casos em que o sangramento são mais leves. Os sangramentos mais graves tenho já indicado a cirurgia de vitrectomia posterior com a realização de laser durante a cirurgia, fundamental para se evitar novo sangramento. Alguns hospitais que atende o SUS pelo país tem ambos os tratamentos.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Boa noite Dr. fiz a vitrectomia trinta dias atrás, nao vejo absolutamente nada, notei de modo bem nítido o extravazamento de sangue três dias após a cirurgia. Ao retornar com o médico, ele me disse que havia muito sangue e que após trinta dias caso não haja melhora, deverei fazer outra cirurgia para colocação de óleo. Existe a possibilidade desse sangue ser reabsorvido junto com a saída total do gás? Eu consigo ver olhando pra baixo uma pequena bolha azul claro e para cima uma pequena concentração de sangue. Por enquanto a minha visão está como no meio de uma neblina pesada, com zero de visibilidade. Desde já agradeço.
Olá Anderson, tudo bem?
Provavelmente, deves ter sido submetido a cirurgia de vitrectomia posterior para tratamento da hemorragia vítrea causada pela complicação da retinopatia diabética. A hemorragia vítrea acontece em pacientes com retinopatia diabética proliferativa, que é o estádio mais avançado desta doença no olho. Quando operamos e removemos o sangue já existente dentro do olho, aproveitamos a oportunidade para fazer mais laser na retina do paciente, a fim de melhorar o tratamento de laser prévio, que muitos pacientes já foram submetidos, não sei se foi o seu caso. O ressangramento após a cirurgia de hemorragia vítrea pode acontecer, e é favorecido por alguns aspectos. O primeiro deles e que acho crucial, é o paciente apresentar hipotensão ocular nos dias seguintes à cirurgia, que propicia ao ressangramento. Outro fator é o aparecimento de hipoglicemia. Quando o açucar do sangue cai muito, ocorre reações dentro do corpo, que fazem aumentar a pressão dos vasos da retina ocasionando assim, o sangramento. Outro ponto, é a presença do descolamento de retina associado a hemorragia vítrea e, por último, neovascularização presente sobre o nervo óptico. Por fim, a hemorragia apresenta grande chance de ser absorvida e neste momento, o melhor tratamento é o repouso e checar a pressão do olho a cada 15 dias. Se sentires dor no olho operado, procurar o seu médico imediatamente.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Perfeito Doutor, decreveu com precisão detalhes que eu nem havia mencionado! Realmente, apresento muita hipoglicemia durante o sono. Muito obrigado pela resposta.
Olá Anderson,
Quanto mais rápido controlar a glicemia para que a mesma fique estável, sem apresentar estas quedas acentuadas, menor a chance de apresentar novos sangramentos e, consequentemente, de necessitar de nova cirurgia.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Gostaria de saber mais sobre esses instituto de retina ….minha irmã está com problema na retina.
Olá Maria, tudo bem?
Como a sua pergunta está relacionada com retinopatia diabética, o instituto tem os exames e procedimentos para o diagnóstico e tratamento desta doença.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Boa noite Dr. parabéns pelo ótimo trabalho. Uma pergunta.
Minha esposa tem retinopatia diabética proliferativa e está fazendo tratamento com laser a 4 meses e tem se cuidado bastante em relação à alimentação e controle da glicemia, mesmo assim ela tem sentido uma piora nos olhos. O quanto isso pode piorar até ela ficar cega? E o que mais pode ser feito pra ajudá-la?
Olá Felipe, tudo bem! Muito obrigado!
A retinopatia diabética proliferativa é o estágio mais avançado da retinopatia diabética e pode levar a paciente a perder a visão. O tratamento que chamamos de padrão-ouro é a realização do laser, chamado de panfotocoagulação, e fico muito feliz que ela já está recebendo este tratamento. Geralmente o laser, a panfotocoagulação, é realizada por completo em 1 mês, a não ser que seja interrompido por força maior…Uma pequena parcela dos pacientes que são submetidos ao laser, tem uma leve piora da visão, após o laser, o que deve estar sendo o caso de sua esposa. Contudo, esta perda gradativa e progressiva que ela está apresentando não é comum, a não ser que tenha aparecido o edema macular diabético. Sugiro a realização da tomografia de coerência óptica para afastar esta última condição…Quando tiver o resultado, o laudo, me avise para eu orientar sobre os possíveis tratamentos….
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Olá, tudo bem? Fui diagnosticado recentemente com a Retinopatia da Prematuridade, meu olho esquerdo tem várias cicatrizes na retina, seria possível reverter esse quadro por meio cirúrgico?
Olá Mateus, obrigado pelo contato!
Por favor, me tire uma dúvida, seria retinopatia da prematuridade ou retinopatia diabética?
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
ROF.RONY…EU SOU MÉDICO E TENHO RETINOPTIA DIABETICA COM MT LESOES EM AO…COM POUCA VISAO..COMO PODERIA FAZER IMLANTE DE CÉLULAS-TRONCO P MELHORAR A VISAO???… MORO EM TUBRAO, SC
Olá Naio, obrigado pelo contato!
Infelizmente, o tratamento com células troncos ainda está em desenvolvimento e não disponível para a retinopatia diabética. É uma área promissora, mas que tem que evoluir bastante. No seu caso, oriento monitoramento 3x ao ano para a realização de laser ou injecão se necessário. São ótimos tratamentos para manutenção e até melhora da visão.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Como fazer exame e com quem se tratar???
Pode responder no meu email. Por favor?
Olá Euclides, tudo bem!
A retinopatia diabética, geralmente, leva um tempo para se desenvolver. A respeito dos exames, é recomendado que pacientes com diabetes tipo 1 seja examinado 5 anos do aparecimento da doença e os tipo 2, assim que diagnosticados. Isto porque, os diabéticos tipo 2 já apresentar o diabetes há algum tempo. O médico oftalmologista geral é suposto conhecer a retinopatia diabética e sabe fazer o exame de fundo de olho para saber se existem sinais da retinopatia diabética. Entretanto, se for encontrado sinais da doença, sugiro que passe a ser acompanhado por médico oftalmologista especialista em retina. Ele saberá indicar qual os principais exames (angiofluoresceinografia ou tomografia de coerência óptica) para o seu estádio da doença, e se nestes exames aparecer edema macular diabético ou retinopatia proliferativa, o adequado tratamento será realizado. Dentre os principais tratamentos temos, a injecão dentro do olho de medicações antiangiogênicas e de corticosteróides, e o laser, chamado de fotocoagulação da retina.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Olá Dr.Rony, meu namorado está com RD proliferativa nos dois olhos, a glicose dele costuma dar 102, porém o esquerdo está com além da RD proliferativa está com deslocamento tracional da mácula. A proposta da médica dele é mais sessões de fotocoagulação para o olho direito e cirugia para o esquerdo. A minha pergunta é ele tem como recuperar um pouco mais da visão com olho esquerdo com a cirurgia, visto q ele ainda enxerga um pouco com ele, mas tem visão dupla e borrada?
Olá Izabel, obrigado pelo contato!
O descolamento de retina pela retinopatia diabética pode ser tratado com cirurgia e, em muitos casos, a visão irá melhorar. Para casos como o do olho esquerdo, nos dias de hoje, indicamos injeção dentro do olho de medicação antiangiogênica 5 a 7 dias antes. Assim, a cirurgia tem mais chance de ter sucesso.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Olá boa tarde tudo bem!? recentemente fui diagnosticado com um “pequeno” edema macular diabético no olho esquerdo, o medico do laudo diz que se a acuidade visual houvesse sido prejudicada recomendaria o inicio do tratamento com injeçao anti-VEGF, a medica que consultei para verificar o laudo (o exame foi feito em um laboratório diferente da clinica que solicitou o exame) disse que minha acuidade visual esta boa e nesse caso nao precisaria iniciar esse tratamento me receitou um oculos e apenas que controlasse a diabetes, porem quando tampo o olho direito vejo uma pequena mancha central como esquerdo fiquei meio preocupado com essa manchinha, há risco de a mancha progredir e piorar mesmo controlando a diabetes!? Somente com o uso do oculos e controle da diabetes essa mancha sai!? Ela pediu um retorno daqui tres meses.
Desde ja obrigado!
Olá Lucas, obrigado pelo contato!
Nem sempre o edema macular diabético causado pela retinopatia diabética, necessita de tratamento. Contudo, se não foi indicado tratamento para o edema, provavelmente, esta mancha que deve estar sentindo tem outra causa que não o edema. Teria que ser realizado um novo mapeamento de retina para elucidação do diagnóstico correto, pois mancha na visão não é normal.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Boa Noite, minha esposa tem retinopatia diabética, ela teve sangramento nos 2 olhos, fez cirurgia de vitrectomia, um olho com gás e outro com óleo de silicone, o que foi feito com gás ela já fez outra cirurgia de catarata e colocou a lente, porém ela não enxerga bem pra perto com este olho e ela diz que sente como se tivesse uma névoa, tem algo que possa fazer para melhorar a visão deste olho ? E o olho que está com óleo de silicone com óculos ela enxerga bem pra perto porém é um grau bem alto 6,5 está com cirurgia marcada para o dia 24/02 para retirada do óleo de silicone e já fazer a cirurgia de catarata, porém agora ela está com medo de fazer a cirurgia e a visão ficar pior do que está hoje mesmo com o óleo. Você poderia nos dar uma luz no que fazer. Obrigado
Olá Alex, obrigado pelo contato!
As duas cirurgias realizada que mencionou, só são feitas quando a retinopatia diabética machucou muito o olho. Infelizmente, é normal ficar um embaçamento visual sequelar nestes casos. O olho que não colocou óleo de silicone, deve estar embaçado para perto por falta de óculos ou já é uma sequela da própria retinopatia diabética. Já o olho que está com óleo de silicone, sugiro que ela opere para a retirada do mesmo, pois se não está mais acontecendo sangramento ou a retina já está colada, o óleo de silicone já exerceu o seu papel e, assim, deve ser retirado para se evitar complicações, como glaucoma. Também acredito ser já conviniente operar a catarata no mesmo ato cirúrgico.
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti
Os profissionais de medicina são os verdadeiros cientistas que têm o objetivo de salvar a vida do ser humano são os únicos profissionais que aplica com toda plenitude o princípio da Constituição em todos os setores da saúde o princípio da dignidade humana. Agradeço pelo excelente trabalho cientifico sobre a retinopatia diabética. Eu formado em direito, sou diabético e agradeço a Deus! Porque deu sabedoria ao homem para fazer ninho entre as estrilas, mais Deus escolheu os verdadeiros profissionais médicos a plicação do princípio da dignidade humana.
Olá João, obrigado pelo contato e fico feliz que as informações do site, sobre retinopatia diabética, tenham lhe ajudado!
Atenciosamente,
Prof. Dr. Rony C. Preti